quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


Eu aceito - disse ela perante todas aquelas testemunhas, mesmo ciente de que aquela pequena palavra era o maior erro de sua vida. mas era uma boa escolha, um futuro bom - ela sabia que poucas mulheres tinham uma chance como esta. ele era um homem generoso, bonito, rico, bastante carinhoso, um ótimo partido, e agora seu marido. ele era um ótimo homem, mesmo que não fosse ele que a arrancava suspiros, ou arrepios. era um homem perfeito na visão de qualquer um, e talvez fosse este o seu defeito. não era nele que ela pensava o dia todo. não era por ele que ela era apaixonada. o homem por quem ela era apaixonada, embora a correspondesse, a machucava, a fazia sofrer. sofrer com juras, sofrer com ciumes, com ansiedades. 
eles se amavam, e sabiam que o amor faz sofrer, mas por medo, optaram pelo caminho mais fácil. ele disse que seguiria sua vida sem ela, e que ela deveria ser feliz com alguém mais saudável. parecia não doer nele, e ela concordou mesmo sabendo não ser isso o que ela queria, e que o desejava, o amava - não importava o quanto doesse -, e o amaria para sempre.
ao sair da igreja, ele estava lá fora, seus olhares se cruzaram, uma lágrima escorreu pelo rosto dela, e ele ficou a imaginar - de coração partido - por quanto tempo seria preciso esperá-la. (L)

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